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Sem-abrigos

Crise Habitacional e Sem-Abrigo em Portugal: Municípios Unem Esforços

A crise habitacional em Portugal tornou-se uma das questões sociais mais urgentes do país. A falta de habitação acessível, agravada pelo aumento dos preços no mercado imobiliário, está a deixar milhares de famílias em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo que o número de pessoas sem-abrigo cresce nas cidades portuguesas. Associações de solidariedade e autarquias têm-se mobilizado para combater esta crise, mas enfrentam desafios significativos.

A dimensão do problema

Nos últimos anos, os preços da habitação em Portugal dispararam, tanto para compra como para arrendamento. O Instituto Nacional de Estatística (INE) reportou que o valor médio dos imóveis subiu cerca de 90% na última década, enquanto os salários não acompanharam este crescimento. Em paralelo, o número de sem-abrigo em Portugal ultrapassou os 10.000, segundo dados do Relatório Anual de 2023 do Instituto da Segurança Social, com uma concentração significativa nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

A pressão no mercado imobiliário tem levado muitas famílias a viverem em condições de instabilidade , como alojamentos temporários ou sobrelotados. A procura por habitação social também aumentou, mas a oferta continua limitada.

O papel dos municípios

Vários municípios têm lançado iniciativas para reduzir os impactos desta crise. Em Lisboa, o programa Renda Acessível pretende oferecer habitações a preços inferiores ao mercado para famílias de baixos rendimentos. Apesar de ser um passo importante, a procura supera amplamente a oferta. O Porto, por sua vez, apostou em reabilitar imóveis desocupados para criar mais habitações sociais, mas o processo tem sido lento devido a questões burocráticas e de financiamento.

Além disso, autarquias como a de Setúbal e Coimbra têm procurado estabelecer parcerias público-privadas para expandir a oferta de alojamento acessível. No entanto, estas iniciativas enfrentam desafios como a resistência de investidores e o aumento dos custos de construção.

Iniciativas governamentais

O governo português tem anunciado medidas como o programa Mais Habitação, que prevê incentivos para a criação de habitação a preços controlados. No entanto, estas políticas têm gerado críticas pela demora na implementação e pela falta de respostas estruturais.

Uma medida específica para os sem-abrigo é o Housing First, que adota um modelo de intervenção que dá prioridade à habitação permanente, seguida de apoio social personalizado. O projeto tem demonstrado resultados promissores em cidades como Lisboa e Cascais, mas ainda precisa de ser expandido.

O futuro da habitação acessível

Embora existam esforços significativos, especialistas alertam que a crise habitacional exige uma abordagem mais coordenada entre o governo central, os municípios e as associações. Investir em habitação social, reduzir os impedimentos burocráticos e garantir políticas de regulação do mercado imobiliário são alguns dos passos necessários para enfrentar a situação.

Enquanto isso, associações e autarquias continuam a liderar iniciativas que oferecem esperança a milhares de pessoas afetadas pela crise, embora os desafios permaneçam vastos.

Sobre:Marta Alves
Sou a Marta Alves, nasci em Lisboa e tenho 20 anos. Frequento o último ano da licenciatura de Ciências da Comunicação, na Universidade Lusófona em Lisboa. No futuro ambiciono seguir o ramo de jornalismo desportivo ou radiofónico. Sou apaixonada por desporto e pratico andebol desde os meus 6 anos de idade, atualmente sou também treinadora do escalão sub-14 de andebol no clube em que jogo. Pertencer á família da Segunda Chance é uma experiência muito gratificante.