Sem-abrigos
O número de pessoas em situação de sem-abrigo em Portugal cresceu nos últimos anos, com um aumento de cerca de 23% entre 2022 e 2023.
Tendo em conta este panorama, é essencial saber como agir de forma adequada nas circunstâncias em que somos abordados por esta situação, de maneira a não comprometer a dignidade ou segurança dessas pessoas.
Com vista a orientar sobre como ajudar devidamente, destacamos algumas ações práticas que devem ser aplicadas nestes casos:
- Mostrar-se empático e oferecer respeito: Cumprimentar a pessoa e mostrar interesse genuíno sobre a sua situação pode ajudá-la a sentir-se segura e ouvida.
- Evitar oferecer dinheiro: Prefira oferecer bens alimentares, roupas ou indicá-la a locais onde possa receber apoio, como abrigo ou centros de apoio comunitário. Presentes em várias cidades, como Lisboa e Porto, o movimento Refood realiza a preparação e distribuição de refeições e excedentes alimentares. Já em Coimbra, a Associação Cozinha Solidária, fornece refeições diárias a pessoas em situações carenciadas.
- Denunciar situações de risco: Caso a pessoa se encontre num cenário de perigo imediato, como em estado de exposição extrema ao frio, doenças visíveis ou violência, contacte os serviços de emergência ou centros de apoio municipais. A organização Assistência Médica Internacional (AMI) intervém em várias regiões do país oferecendo assistência social e médica.
- Alinhe-se a iniciativas comunitárias: Uma forma de lidar e ajudar diretamente estes casos, é ao envolver-se em campanhas locais ou apoiar financeiramente organizações especializadas.
Ajudar uma pessoa em situação de carência é um ato que exige conhecimento e sensibilidade. Este guia prático pode ser um ponto de partida simples para criar uma sociedade mais inclusiva e informada, quebrando, deste modo, o estigma que envolve o assunto.
